dimanche 2 juin 2013

Au hasard des mots

J’ai pris quelques livres au hasard, ceux qui étaient à portée de main, je les ai ouverts au hasard et voilà le résultat :

Sob o sono

quanto naus à espera de portos alèm do mar que espreitamos e de outros que nunca soubemos

Entre o céu acima do mar E o outro acima est céu Quantos voos à esper de asas

Entre os sonhos que sonhamos E os sonhos que no sonharam Quantos sonos para acordar

Helena Parente Cunha extrait de Traversée d’océans /traverssia de oceanos , édition bilingue, traduction de Dominique Stoenesco / Lanore

Combien de navires attendent un port Au-delàs de cette mer que nous contemplons Et d’autres mers dont nous ne savons rien

Entre le ciel au-dessus de la mer Et un autre plus haut ce ciel Combien de vols attendent des ailes

Entre les rêves que nous faisons Et le rêve qui nous a révés Combien de sommeils a réveiller P.148-149

Manuel Alegre / sete sonetos e um quarto – Dom Quixote

Teu rosto de desastres e tormentas E risos lagrimas e sol e vento Teu rosto de marés e vagas lentas Em que o ^razer è quase sofrimento

E o sofrimento è como rosa roxa Forindo de vagar em tua boca Se a minha nao te chicoteia a coax E no teu corpo hà uma ègua louca… P. 15

O Amor es tu / João Negreiros – sidaa de emergencia

A Comeram-se de sorvete

A cerimonia de noivado ficarà para segundas nupcias Hà um gelado na ponta da boca que vai dar a uma mão de bolacha O azar dela foi de ter nacido virgem O frio arde e mata no momento do sabor A mão que sabe a combinação dà voz aos ruidos que a cama faz no escuro… P. 44

…e realidade / Patrick Caseiro – corpos editora

Pressure Agora, que o Inverno armou a cilada Encontro-me na cidade errada! No interior, um vento gélido a soprar Cá dentro, tenho o sangue a coagular Vi algo estranho na televisão: Anunciavam um infalível remédio Mas eram ecos de destruição! Flutuo entre a náusea e o tédio I touch my trembling lips A strange taste in my mouth!. . It real y gives me the creeps! Disgrace comes to my house. . Da janela, observo o caminho E vejo o que habita dentro de mim Lá fora, a falar com o vizinho; Trago os neurónios num renesim! Aqui, a solidão é liberdade Um tesouro na palma da mão Sem arma, sem agressividade Para exterminar a terrível pressão! Roço os lábios, a tremer Gosto tão amargo na boca! Pressinto o que está para acontecer. . A desgraça chega-me à toca Uma sucessão de sentimentos opostos Habitamos corpos que não são nossos . .não são nossos! P.71

L’agitation des rêves / Alice Machado – Lanore

L’aube de la Création

Tu diras que mes yeux écartes les ténèbres La passion Où les orages éclatent Et créent des nouvelles vies dans l’aube de la création

Tu diras que mes yeux sont des soleils vermeils Des lunes fragmentées où l’ivresse s’installe A jamais enlacés aux étoiles A tes baisers, salée

Tu diras que mes yeux sont solitude Musique d’or Etats d’âme royaumes secrets Des falaises d’effroi Qui naissent en toi… P. 73 O murmurio do poço / Cristina Semblano – Palimage

Escuta o murmurio Do meu poço

Cresce nas noites De estio.

è como um apelo um queixume um gemido O roçar de asas De insectos Na expectativa do cio… E a saudade Da chuva

Da tua àgua Que mixtura A viscosidade das algas E a fragrância da flores P.39

La secrète vie des images / Al Berto – l’Escampette

Sans titre / Pedro Calapez … Montant d’invisibles escaliers qui nous conduisent à la réinvention du monde ou si derière ce mur de cendre on entend un réveil marquant après l’homme les incertaines secondes du premier jour… P. 48

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