mercredi 21 août 2013

Extrait de "O Sol Morreu Aqui de João Negreiros"

Je vais essayer de vous parler du dernier livre, qui est un roman de Joao Negreiros. O Sol morreu aqui Veraçor éditora 2013 . Je m’excuse, mais je m’exprime mieux en français. Je dirais que c’est un roman complètement surréaliste, où des personnages s’opposent et se superposent, construit comme une pièce de théâtre, une mise en scène. Dérangeant parfois, poétique, brutal, humoristique tout à la fois, et une pléiade de jeux de mots. Au centre de ce roman une grand-mère et une maison, qui s’anime tout les étés avec de nouveaux personnages à chaque saison, des personnages qui sont des plaies ouvertes, parfois atteint de folie, La femme battu, l’enfant roi, l’artiste déchu par exemple et tout tourne autour de cette grand-mère et de cette maison…. Je ne vous raconte pas la chute qui en est une… Extraordinaire, tout bouge, tout est vivant dans se roman la moindre chaise à la maison, même le soleil…d’une grande qualité littéraires, on peut parfois sentir un certain malaise en le lisant… Mais j’ais adoré.

Vou tentar falar sobre o último livro, que é um romance de João Negreiros. O Sol Morreu Aqui Veraçor Editora 2013. Diria que é um romance surreal, onde as personagens se opõem e se sobrepõem, construído como uma peça de teatro, encenado. Às vezes perturbante, poético, brutal, humorado, ao mesmo tempo, e trocadilhos. Ao centro deste romance uma avó e uma casa que ganha vida cada verão com novos p...ersonagens a cada temporada, personagens que são feridas abertas, por vezes, cheias de loucura,, e tudo se passa em volta da avó e da casa .... Eu não divulgo a queda queda é uma ... Extraordinária, tudo se move, tudo está vivo neste romance, a cadeira, a casa, mesmo o sol ... uma grande qualidade literária, às vezes pode se sentir algum desconforto ... adoreiAfficher la suite

Extrait de "O sol Morreu aqui" de João Ngreiros, Ver Açor Editora 2013
http://www.veracor.pt/view.php?id=81

"A casa empurra a sujidade das varandas com uma mangueira. A casa sacode cobertores até serem velhos à mesma, mas limpos de novo. A casa rega as rosas que vivem às custas da Primavera. A casa confere os talheres no aparador da sala. A casa até faz um trejeito ou uma magia, não dá para ver bem, mas um vómito expulsa as cortinas que eram de tecido traumatizável. O tecido estava manchado com memórias e tinha nódoas por causa de palavras feias e de se agarrarem a elas dedos que as amarravam como se fossem a roupa de quem quase chegou para os salvar. A casa deita no alpendre as cortinas inúteis e marcadas pela vida e pelas queimaduras de cigarros. Depois a casa substitui os pratos lascados por pratos novos. O problema é a casa comprar pratos de serviços diferentes mas não se importa a casa com a diferença. Ficam então prateleiras como mantas de retalhos por onde se pode comer. A casa tem saudades dos que lá estiveram mas tenta não se lembrar deles. Foi a maneira que arranjou de evitar um sentimento que desmoronasse. A casa é muito inteligente. Tenta encolher as arestas onde se possa esconder maldade. Tenta arredondar bicos de mobília, tenta comer borbotos que piquem em almofadas fofas, tenta engolir o pó que faça as pessoas tossir impropérios. A casa é muito inteligente e faz tudo para evitar o destino, o destino é destituído e não quer saber mas a casa há-de manter-se de pé, lutando por um futuro melhor..."

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